segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A menina que roubava livros



Como todo sofrimento, esse começou com uma aparente felicidade

A menina que roubava livros



Um beijo com gosto de arrependimento.

Gossip Girl


Fala como um anjo, se veste como um anjo... Mas é o diabo disfarçado.

Gossip Girl




Em um mundo comandado por herança sanguínea e contas de banco, vale a pena ter um amigo.

Gossip Girl


Às vezes, a única coisa que nos resta é abraçar o outro, e então... Dizer adeus
.

Caio Fernando Abreu



''E me renovo um dia de monja, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Tereza de Calcutá  um dia de merda

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Caio Fernando Abreu



Eu briguei com meu coração. Disse que jogasse o amor antigo fora. Ele deu nó. Coração não entende ordens. De um lado a razão exigindo. De outro o coração tentando. A verdade é que nem tudo sai como o planejado. Mas a gente tenta. Um amigo meu me disse que fica surpreso como eu racionalizo os sentimentos. Eu perguntei se falava de mim. Acho que sofro calada. Calada. Maquiada. E de salto alto. Mas manter a pose cansa. Cansa ser racional. Cansa enganar o coração. Cansa ser forte. A verdade é que hoje eu vi um livro que você me deu e chorei calada. Porque é feio chorar por amor perdido. Mas… quer saber? Estou com sinusite. E não estou nem aí para escrever bonito. Quero respirar de novo e amar alguém como um dia eu te amei. Alguém aí acredita em segundo amor?”

Martha Medeiros



O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro

Caio Fernando Abreu



Ficaram muito tempo quietos assim. Nem voz nem gesto expressariam o que sentiam.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Just Tonight

Aqui estamos nós,
e mal consigo pensar com tantos comprimidos 
Ei, ligue o carro e me leve para casa


Aqui estamos nós,
e voce esta bebado demais para ouvir oque eu digo
Ligue o carro e me leve pra casa


Só esta noite eu ficarei,
e jogaremos tudo fora
quando a luz bater em seus olhos
é porque pra mim esta tudo bem
e se eu acabar
sera por sua causa
só esta noite


e aqui estou eu
e nao consigo enxergar direito
estou entorpecida demais pra sentir qualquer coisa
e aqui estou eu 
vendo as horas passarem no relogio
estou entorpecida demais para sentir qualquer coisa


Só esta noite eu ficarei,
e jogaremos tudo fora
quando a luz bater em seus olhos
é porque pra mim esta tudo bem
e se eu, se eu acabar
será só por sua causa
só esta noite

Voce entende quem eu sou?
voce quer saber?
voce pode me ver por dentro?
estou prestes a ir embora
Mas essa noiite eu nao irei embora
irei mentir e voce vai acreditar 
Só essa noite  eu verei
que é tudo por minha causa


Só esta noite eu ficarei,
e jogaremos tudo fora
quando a luz bater em seus olhos
é porque pra mim esta tudo bem
e se eu, se eu acabar
será só por sua causa
só esta noite


The Pretty Reckless

Caio Fernando Abreu



Você era a única pessoa lá de fora que entrava aqui dentro de vez em quando.

Caio Fernando Abreu





Agradeço por teres me dado a consciência da minha inutilidade.

Caio Fernando Abreu


Não foi nada. Deu saudade, só isso. De repente, me deu tanta saudade.

Caio Fernando Abreu


Foi esse sorriso que doeu. Doeu pelo resto da vida.

Caio Fernando Abreu


           Poderia fazer um pedido, mas não acreditava mais nisso.

Ps: Eu te Amo



A vida de ninguém é repleta de momentos perfeitos. E se fosse, não seriam momentos perfeitos. Seriam apenas normais. Como você poderia saber o que é a felicidade se nunca tivesse experimentado as quedas?

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Talullah

Lembra quando nós costumávamos olhar o distante pôr-do-sol?
E como você disse: "Isso nunca vai acabar"
Eu acreditei em cada uma de suas palavras e acho que você também
Mas agora você está dizendo: "Ei, vamos repensar tudo isso"

Você pegou minha mão e me puxou para perto, tão perto de você
Eu tenho o pressentimento de que você não tem palavras
Eu acho um jeito pra você, beijo seu rosto, digo adeus e saio andando
Não olho pra trás pois eu estou chorando

Eu me lembro de detalhes que dificilmente você se recordaria
Me diga por que, eu não sei por que isso acabou
Eu lembro de estrelas cadentes, o passeio que fizemos aquela noite
Eu espero que seu desejo tenha se realizado, o meu me traiu

Você soltou a minha mão, e fingiu um sorriso pra mim
Eu tenho o pressentimento de que você não sabe que fazer
Eu olhei dentro dos seus olhos, hesitei por um instante
Por que você está chorando?

Tallulah, é mais fácil viver sozinho do que temer a hora do fim
Tallulah, encontre as palavras e fale comigo, oh
Tallulah, isso poderia ser... o paraíso

Eu te vejo andando de mãos dadas com um baterista cabeludo de uma banda
Apaixonado por ela, ou pelo menos é o que parece, ele está dançando com minha bela rainha
Nem ouso te dar oi, ainda engolindo o adeus
Mas eu sei que os sentimentos ainda estão vivos, ainda estão vivos

Eu perdi minha paciência uma vez, então você pode me punir agora.
Eu sempre te amarei, não importa o que faça
Eu te conquistarei de novo se você me der a chance
Mas há uma coisa que você deve entender

Tallulah, é mais fácil viver sozinho do que temer a hora do fim
Tallulah, encontre as palavras e fale comigo, oh, Tallulah
Isso poderia ser...
Tallulah, é mais fácil viver sozinho do que temer a hora do fim
Tallulah, encontre as palavras e fale comigo, oh
Tallulah, Isso poderia ter sido... O paraíso!



Sonata Arctica

Snuff

Enterre todos os seus segredos na minha pele
Desapareça com inocência, e deixe-me com meus pecados
O ar ao meu redor ainda parece uma gaiola
E amor é somente uma camuflagem para o que parece ser raiva novamente...


Então se você me ama, deixe-me ir
E fuja antes que eu saiba
Meu coração está sombrio demais para se importar
Eu não posso destruir o que não está lá
Me entregue ao meu Destino
Se estou sozinho, não tenho o que odiar
Eu não mereço ter você...
Meu sorriso foi tomado há muito tempo
Se eu posso mudar espero nunca saber


Eu ainda pressiono suas cartas junto aos meus lábios
E as guardo em partes de mim que saboreiam cada beijo
Eu não poderia encarar uma vida sem a sua luz
Mas tudo isso foi dilacerado... quando você recusou-se a lutar.


Então poupe seu fôlego, não irei ouvir
Acho que deixei isso bem claro
Você não poderia odiar o bastante para amar
Isso deveria ser o suficiente?
Eu só queria que você não fosse minha amiga
Assim eu poderia te machucar no final
Eu nunca declarei ser um Santo...
Meu interior foi banido há muito tempo
A esperança precisou morrer para deixar-te ir


Então quebre-se contra as minhas pedras
E cuspa sua pena na minha alma
Você nunca precisou de nenhuma ajuda
Você me vendeu para se salvar
E eu não ouvirei a tua vergonha
Você fugiu - Vocês são todas iguais
Anjos mentem para manter o controle...
Meu amor foi punido há muito tempo
Se ainda se importa, não deixe que eu saiba



Slipknot

Black


Eu sei que um dia você terá uma vida maravilhosa, eu sei que você será uma estrela
No céu de um outro alguém, mas por quê? Por quê? por quê?
Não pode ser, não pode ser o meu (céu)?



Pearl Jam

The only exception


Quando eu era mais nova eu vi

O meu pai chorando e praguejando ao vento
Ele partiu seu próprio coração e
Eu assisti enquanto ele tentava remontá-lo
E minha mãe jurou que jamais
Se deixaria esquecer
E aquele foi o dia que eu prometi
Eu nunca cantaria sobre amor, se ele não existisse


(...) Talvez eu saiba, em algum lugar, no fundo da minha alma

Que o amor nunca dura
E nós temos que arranjar outros meios de seguir
Em frente sozinhos ou manter a cabeça erguida
E eu sempre vivi assim
Mantendo uma distância confortável
E até agora eu jurei pra mim mesma
Que eu era feliz com a solidão
Porque nada disso nunca valeu o risco



Paramore 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A grande descoberta


-Descobri! Descobri!
-O quê?
-O que eu quero de um homem. Eu finalmente descobri.
-Um filho.
-Não! Eu achava que era…mas no momento não tenho saco nem pra imposto de renda uma vez por ano, vou ter pra filho a vida toda?
-Alguém pra trepar domingo...sabe aquele tesão ridículo que dá ler um livrinho depois do almoço?
-Isso é umas. Mas não é isso.
-Não vai me dizer que é dinheiro.
-Não, isso é bom pra fazer piada em roteiro. Mas na vida real me dá bode.
-Alguém pra ficar na salinha de espera do Samaritano enquanto o médico tenta separar seu dedão das costas da mão, pós surto de ansiedade?
-Isso também parece ser algo lindo enquanto se luta por, mas quando se consegue, a vida fica chata que só.
-Cinema?
-Prefiro ir sozinha. Juro. É bizarro. Mas adoro ir sozinha ao cinema.
-Sair da toca protegida?
-Prefiro sair com as minhas amigas. Com homem o bom é ficar na cama, sair é pra caçar homem, o que não faz sentido com um.
-Jantar?
-Então, eu não como desde 2004.
-Amar?
-Hmmmm, eu já dedico isso inteiramente a mim e estou longe de me dar o suficiente.
-Então eu não sei.
-Eu quero tratar mal. Eu quero tratar mal. Eu quero tratar mal. Eu quero tratar maaaaaaaaaal !!!!!!!!!!!
-Esse é o problema das mulheres.
-Querer tratar vocês mal?
-É, só querer. A gente vai lá e trata. Fim da obsessão

Simplesmente

Mas escuta, dá pra aturar um cara que nunca fala sério e faz piada de tudo? Mas escuta, dá pra aturar aquele outro que não lia nada desde o último sucesso do Harry Potter? E o mister agora tô no meu planetinha e você pode morrer se bater na porta? Dá pra aturar? Fora tudo aquilo que vem junto. Ciúme, saudade, raiva, dor, preguiça, bode e por aí vai.Alguem Aturou. Todos eles. Todos vivendo suas histórias. E eu escrevendo textos as cinco da manhã. Porque a palavra “como” não me deixa nem dormir, o que dirá ser simples.

Abismo



O garoto sai do banheiro feminino achando graça. Tava muito apertado e não rolou esperar pra usar o outro. Gosto dele de cara. É o tipo de garoto gatinho, tímido e ansioso que você sabe exatamente como se comporta pelado: cachorrinho, demorado e desinibido. Gosto mas faço de conta que não. Sorrio superior afinal sou pelo menos uns sete anos mais velha e uns quinze mais esperta. Ele entende na hora tudo e compra a submissão. Faço meu xixi com pressa porque gostei mesmo do garoto.

Ele senta perto de mim na mesa. Está na mesma festa que eu, com a diferença que eu já fui chefa do chefe dele. Só aí já é um bom motivo pra ele me olhar baixo mesmo. E ir com muita calma. Ele mexe no cabelo, ajeita a calça pra sentar, alinha a carteira com o celular em cima da mesa. Que garotinho bonito. Ele está nervoso e fica ainda mais bonito. Gosto muito dele.

Ele então começa a rir alto. Contar de garotas da idade dele. Se exibir para garotas da idade dele. Ele é o sucessinho da festa. Faz tudo pra chamar a minha atenção. Eu sei. A cada dois segundos ele olha pra saber se eu estou olhando. E ri. Eu só espio por cima dos meus óculos. Sem nem gostar e nem não gostar.

Quando dou por mim, que absurdo, estou pegando um cigarro da minha amiga. Acendo, não trago, mas faço pose. Olho pro horizonte. Sou sofrida, você vê, garotinho? Sou tão sofrida e experiente e estranha e terrivelmente charmosa. Percebe? Você aí, com essa alegria terrível de viver e jorrando beleza e graça pra cima de mim. E eu aqui, arqueada pelo tanto que carrego de mundo e suas rasteiras. Você acha que é quem pra me abalar assim? Eu li muitos mais livros que você. Conheço mais países e pessoas e gemidos e vontades de morrer. E você com tanta graça pra cima de mim. Percebe que não vai ser fácil? Vou dificultar bastante pra você. Até porque é só o que eu posso contra essa coisa fácil e linda que é a sua vontade. Contra você eu só tenho a minha impossibilidade. Como se todos não a tivessem. Contra seus olhos que sorriem e isso me mata tanto, só tenho a parede nojenta que criei pra você jamais descobrir que sempre compro duas entradas para o concerto. Na espera do que não quero.

Ele senta ao meu lado. Cara de pau. Me provoca. Diz coisas inteligentes e delicadas. Eu acendo outro cigarro. Seguro a tosse e a ânsia. Hoje eu fumo e isso é como um braço meu. Não venha querer me dizer como deve ser um braço meu ou eu soco você. Pergunto se ele quer conhecer minha casa. Ele fica assustado e ri. Ele pede mais uma água com gás, sem gelo e com limão. Eu não sei o que acontece comigo, mas peço uma taça de vinho e bebo como macho. Ele me pergunta o que eu faço da vida. Eu respondo: nada. Eu não faço nada. Eu leio, o dia todo. Tô louca pra contar que sou escritora e roteirista e todo o blábláblá mas me dá a louca e eu respondo isso. Eu leio o dia todo. Ele estranha, arregala os olhos. E quem paga suas contas? Eu respondo que não pago contas. Odeio todas elas. Odeio qualquer cobrança. Aos poucos, sinto um prazer descomunal. Acendo mais um cigarro. Resmungo algo sobre Deus ser como os cinzeiros. Nunca estão onde a gente precisa. Se é que existem. Dessa vez tusso, não estou dando conta do personagem, mas sigo em frente reclamando: preciso parar, sabe? O médico falou que já passou da hora. Aliás, odeio qualquer um querendo cuidar de mim. Ou saber da minha vida.

O garoto topa vir para a minha casa. Ele chega querendo me contar mil histórias mas eu pouco suporto a metralhadora. Pessoas são interessantes só na minha imaginação. A partir do momento que elas passam a ter vida própria, sinto vontade de jogá-las pela minha janela. Ele perde a graça a cada minuto e eu o odeio por isso.
Eu estava feliz por gostar de algo e sair de mim. Mas não mantenho nada aqui dentro. E já sinto o tédio novamente. Largo o mala falando sozinho e vou para a minha varandinha. Não sei e nem quero saber dessas coisas que ele quer me mostrar que sabe. O quê? Sei lá que livro de merda é esse. Coloco Keith Jarrett no ultimo volume e vou ficar terrivelmente sombria olhando para as casas em torno de mim. Fumando de um patamar jamais escalado por qualquer ser humano. Pior ainda os bem intencionados. Ele está louco por mim. Eu sou tão misteriosa e inatingível e dura e alta. Ele me abraça por trás. Eu gosto dele. Eu gosto muito dele. Mas não posso. Não quero. Ele é chato, mala. Sai daqui, garoto. Daqui a pouco ele vai precisar de mim ou eu vou precisar dele. E seremos mais um casal. E se eu quiser ficar desfacelada num canto e ele sofrer com isso? E me ameaçar, como todos, dizendo que vai deixar de me querer só porque sou assim, tão incapaz de querer? Ele vai descobrir. Eu estou morta. Ele vai descobrir. Eu morri há muitos anos quando era para eu ter morrido. Por isso não acendo a luz, minhas plantas são um pouco secas e murchas, minha casa é rachada, bagunçada, suja, mal assombrada. Não quero planejar, sair da cidade, ter um filho, conhecer seu melhor amigo, ver suas fotos, largar esse cigarro maldito, cuidar dos meus dentes, colocar perfume, fazer um exame de saúde. Não quero. Porque eu estou morta. Eu nem saio mais em fotos. Sou um fantasma. Amo com a intensidade de um último sopro, mas sempre morro em seguida. Ele vai descobrir. Ele vai me amar muito porque nessa tentativa de amar sou tão única e especial e absurda e perfeita e tudo. Mas depois. Nada. Vou deixar que ele me reanime com o choque e então será tão bom. Mas depois. Quieto e sereno como os elefantes que sabem o dia que vão morrer. Vou caminhar enorme e derrotado e cinza e sem drama para a minha vala.

Ele me abraça e é tão bom.
Ele é só mais um tentando me salvar. São sempre os bonzinhos e puros que caem no meu papo furado de longa espera por algo que valha. Faço eles se sentirem um presente do mundo pra mim. Finalmente o escolhido. Os desembrulho de tal modo e eles têm certeza. É a primeira vez que se abrem. Agradeço a surpresa e torno a vida deles tão superior a tudo que já foi vivido que fica praticamente impossível voltar pro mundo.

Ele pergunta o que eu tenho.
E então começa o festival de sempre. Tenta me alegrar e eu ignoro. Tenta me emocionar e eu ignoro. Se fecha e eu ignoro. Me enche de beijos e eu reclamo. Estou fedida. Me deixa, me deixa. Ele desiste e desaba no meu sofá. Ele não sabe o que fazer. É o desfecho grandioso da crueldade do meu personagem. O momento em que deixo claro que a pessoa quase conseguiu. Algo impossível e você chegou tão perto! Nunca ninguém chegou tão perto! Por que você foi estragar tudo no final? Eu estava a fim. Abri minha casa para você. Você tinha tudo pra me dobrar. Mas você não conseguiu. Balanço a medalha na frente dele pra depois dizer que nunca ninguém chegou tão perto de usá-la. E então, lanço o caralho da medalha pra puta queu pariu. Ouvimos o som dela se espatifando longe e para sempre. O garoto vai embora se achando um lixo. Mas conforme anda, volta a sentir seus músculos e cores e sentidos. Que sensação é essa que mata a gente só porque escapamos da morte? De cada amor, tu herdarás só o cinismo. Ele vai embora enquanto espio. Eu vou embora junto. Quem é que fica?

Caio Fernando Abreu

Pedi pra mãe – me interna, to infeliz pra caralho.
Aquela velha história do amigo engarrafado me era completamente aplicável, não havia companhia melhor. Porque eu não desejava conversar, pessoas se preocupam demasiadamente e eu não precisava de especulações, conversas enfadonhas e repetir tudo o que estava acontecendo comigo. Não. Eu não quero falar sobre isso. Isso o quê? Se eu tivesse noção do que era... Acontece que esses dias estão tortuosos e eu não desejo levantar-me daqui, a poltrona já adquiriu o formato do meu quadril e a TV me dá o entretenimento necessário para continuar trancafiada aqui. Sossego é o que eu quero. Desde que ele fora embora, eu ouço versos que me falam sobre amores arruinados, o coração já não bate, esquecera completamente o tal do Tum-tum-tum. Será que o coração bate assim? Há algum tempo que não sei como ele reage, porque os dias estão vazios. Sabe toda aquela ideologia de que é possível viver sozinho? Pois é. Acreditava nisso piamente porque ele estava ao meu lado, agora que se foi, tudo é cinza. E eu chorei um oceano inteiro essa noite. Eu precisava esvaziar. Porra eu preciso ser internada.

Érico Verissimo



“O tempo faz a gente esquecer. Há pessoas que esquecem depressa. Outras apenas fingem que não se lembram mais.”

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Caio Fernando Abreu



Mas difícil é continuar vivendo. Eu continuo. Não sei se gosto, mas tenho uma curiosidade imensa pelo que vai me acontecer, pelas pessoas que vou conhecer, por tudo que vou dizer e fazer e ainda não sei o que será.

Caio Fernando Abreu



Me mande mentalmente coisas boas. Estou tendo uns dias difíceis — mas nada, nada de grave. Dias escuros sem sorrisos, sem risadas de verdade. Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir. Dormir porque o mundo dos sonhos é melhor, porque meus desejos valem de algo, dormir porque não há tormentos enquanto sonho, e eu posso tornar tudo realidade. Quando acordo, vejo que meus sonhos não passam disso, sonhos; e é assim que cada dia começa: desejando que não tivesse começado, desejando viver no mundo dos sonhos, ou transformar meu mundo real num lugar que eu possa viver, não sobreviver.

Caio Fernando Abreu



"O fato é que ela possuía uma graça especial, talvez o modo como se debruçava à janela, ou mesmo o jeito oblíquo de sorrir apertando os lábios, como se temesse revelar no sorriso todo o seu mundo interior. Ela é estranha. Tem olhos hipnóticos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor."

Caio Fernando Abreu

Olha, uma vez eu li um cara, um escritor chamado Cesare Pavese, que dizia assim: "Ninguém se suicida por amor. Suicida-se porque o amor, não importa qual seja, nos revela na nossa nudez, na nossa miséria, no nosso estado desarmado, no nosso nada".
- E o que aconteceu com ele, esse tal de Cesare?
- Se matou

Caio Fernando Abreu



"Fico tão cansada às vezes, e digo para mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida.(...)Claro, é preciso julgar a si próprio com o máximo de rigidez, mas não sei se você concorda, as coisas por natureza já são tão duras para mim que não me acho no direito de endurecê-las ainda mais.”

Caio Fernando Abreu

Mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor.

Martha Medeiros

Amor é quando você acha que a pessoa com quem você se relacionava era egoísta, possessiva e infantilóide e isso não reduz em nada a sua saudade, não impede que a coisa que você mais gostaria neste instante é de estar tocando os cabelos daquela egoísta, possessiva e infantilóide.
Amor é quando você sabe tintim por tintim as razões que impedem o seu relacionamento de dar certo, é quando você tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, é quando você não tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda não impede de fazê-lo chorar escondido quando ouve uma música careta que lembra os seus 14 anos, quando você acreditava em milagres." 

O Teatro Magico de Palavras : Maria Viana





"Se eu tivesse tomado um atalho, uma rua estreita qualquer, que tipo de pessoa eu teria me tornado? Não sei. Mas gostaria muito de saber.
Pelo retrovisor, vejo todas as pessoas que eu poderia ter sido e não fui."

Tati Bernardi


Eu não estou esperando nada a não ser o tempo todo sair de onde eu estou.

Tati Bernardi



''No final a gente acaba mesmo numa esquina qualquer, lembrando de alguém que um dia chegou e depois foi embora, perplexo.''

Tati Bernardi



E quando ele sorriu. Quando ele sorriu eu percebi que eu estava na merda.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

E toda vez que eu ando um passo de apego eu volto dois, que é pra eu não correr o risco das coisas irem rápidas de mais. Não por eu não poder, e sim por eu não querer ser dependente de ninguém. Eu tenho mesmo essa mania de me desfazer um pouco das coisas que me fazem bem, auto defesa, eu acho. Não quero confundir coisas prazerosas com indispensáveis. Se é que você me entende.




Alexandra Moura
"Não sei onde foram parar aquelas minhas fantasias adolescentes sobre o amor. Acho que elas foram se despedaçando e indo embora junto com cada uma das pessoas que - perdoem-me pelo clichê piegas - partiram meu coração. E o mais ridículo é que mesmo sabendo que elas não passavam de fantasias adolescentes, no fundo eu ainda espero que alguém apareça e me diga "ei, olha o que eu achei na rua, suas fantasias adolescentes; quer de volta? " 
As pessoas insistem em simplesmente engolir o amor. Talvez seja essa a grande diferença: Eu sou do tipo que não saboreia, mastiga e cospe."

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Love the way you lie



Na primeira página da nossa história
O futuro parecia tão brilhante
Então, isso se tornou tão mal
Eu não sei porque ainda estou surpresa

Até os anjos têm seus planos perversos
E você leva isso a novos extremos
Mas você sempre será meu herói
Mesmo que você tenha perdido a cabeça



Só vai ficar aí e me ver queimar
Mas tudo bem porque eu gosto do jeito que dói
Só vai ficar aí e me ouvir chorar
Mas está tudo bem pois eu amo o jeito que você mente
Eu amo o jeito que você mente



(...) 
Então, talvez eu sou uma masoquista
Eu tento correr mas eu não quero nunca ir
Até as paredes estão subindo
Na fumaça com todas as nossas memórias



Rihana feat Eminem

Tati Bernardi

(...)Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteiro em nada, pleno em nada, tranqüilo em nada, feliz em nada.
Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca.
Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro. Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquelas brincadeiras que você teimava em fazer nos piores momentos, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto.

“I swear you’ll never be lonely.”

Por diversas, e não algumas, vezes, eu me senti sozinha.
E olha que o que eu mais gosto na vida, é ficar sozinha. Mas o que não tem nada a ver com solidão.
Inexplicavelmente, agora, neste exato momento, tenho milhares de sentimentos dentro de mim, e não consigo escolher as palavras certas pra escrever alguma coisa. Desabafar. Lamentar, comemorar.
Passei o dia todo, praticamente, escutando a mesma música. Eu gosto. Gosto de repetir. Gosto de fazer as coisas até enjoar.
Acho que eu mudo de opinião muito rápido. Num dia gosto, no outro não. E aprendi a nunca dizer NUNCA. Ou não? Enfim. Sim, eu sou super decidida, e quando coloco uma coisa na minha cabeça eu não tiro. Viu. Tô mentindo. Porque eu mudo. Mudo de idéia, mudo de direção, minhas vontades mudam. Eu sei o que eu quero. Agora. Amanhã já não sei mais.
É complicado quando agente tenta se desfazer de algo. É como dizem: Quem sabe um dia tu vai precisar disso. Vou?
Tenho medo de enjoar rápido. Medo de me precipitar, medo de magoar, medo de me entregar.
Sabe quando tu tem um vício? Qualque um. Chocolate por exemplo. Dai vai lá um dia, e tu desenvolve sabe-se lá porque, alergia a chocolate. E decide nunca mais comer chocolate. E então, quando tu tá super bem com isso, todo mundo começa a te oferecer chocolate? E tu vê chocolates em tudo que é lugar? E pensa? E sente o cheiro? E lembra como era bom? MAS TU NÃO PODE comer. Sabe?

Garota interrompida



Que eu sentia muito. Que eu não sabia como era a vida dela, mas sabia como era querer morrer, como dói sorrir, como você se fere por fora tentando matar o que tem por dentro." 

Caio Fernando Abreu


Foram tantas brincadeiras, tantas conversas, tantas risadas e olhe agora. Nem conversamos mais

Caio Fernando Abreu

Um dia a gente aprende a conviver com uns. E a sobreviver sem outros

Tati Bernardi



Peço licença ao meu ódio tão feio e tão infinito para te amar só mais uma vez. Quero te amar sozinha aqui, na minha casa nova, em minha quase nova vida. Quero esquecer todo o nada que você representa e dar contorno aos desenhos que não saem da minha cabeça. Nunca entendi seu coração, nunca entendi seus olhos, nunca entendi suas pernas, mas só por hoje queria poder lamber sua fumaça para que ela permanecesse mais, pesasse mais.
É libertador esquecer meu desejo de vingança, a vontade que tenho de explodir sua vida, o vício que tenho de passar mil vezes por dia, em pensamento, ao seu lado. E pisar em cima da sua inexistência e liberdade. Chega disso, só pelo tempo em que durarem estas letras e a música que coloco para reviver você, vou te amar mais esta vez. Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.

Tati Bernardi



Quem nunca saiu com o cara errado que a tire a primeira pedra. Mas atire nele por favor!